quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fórum do GUH-BR

Este é o ícone da página do fórum do Grupo de Usuários Haiku - Brasil, que está no ar a partir de hoje! Trata-se de mais um espaço de interação da comunidade haikusiasta do Brasil, onde poderemos tirar dúvidas, compartilhar conhecimentos e dicas, divulgar eventos, etc. Acesse-o a partir do menu no lado direito da página e faça parte desta história! Be different!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Não é apenas pelo dinheiro: Kickstarter para o Haiku

Recentemente começou uma longa discussão no fórum da página oficial do Haiku sobre lançar (ou não) uma campanha no Kickstarter para angariar fundos para o projeto. Entre as argumentações, a necessidade de acelerar o desenvolvimento, a difusão, a criação de uma "HaikuBox", entre outras sugestões. Particularmente, concentrei minha atenção nas colocações do Ryan Leavengood, tesoureiro da Haiku, Inc. Ele expressou que já havia pensado no assunto há algum tempo, mas precisava amadurecer algumas questões, como qual projeto desenvolver para atrair investidores que ainda não usam/conhecem o Haiku, qual o montante a angariar, como divulgar a campanha para o público potencial, etc.
A discussão também trouxe à tona algumas informações que geralmente são desconhecidas inclusive da comunidade não envolvida em desenvolvimento: os valores envolvidos nos contratos de dedicação exclusiva ao Haiku, pagos pela Haiku, Inc.; a motivação (ou não) dos desenvolvedores para assumir contratos dessa natureza; o porquê de não contratar desenvolvedores externos para estas tarefas, etc.
Resumo da ópera: a questão não é apenas dinheiro. A Haiku, Inc. possui recursos em caixa para sustentar mais dois contratos de exclusividade até o fim do ano, já agendados e previstos. As arrecadações feitas através do Bounty são suficientes para as necessidades atuais do projeto, no ritmo em que se encontra. Naturalmente que com mais dinheiro e desenvolvedores dispostos a dedicar mais tempo, as coisas acelerariam muito mais.
A respeito de uma possível "HaikuBox", muitas sugestões foram levantadas, especialmente mini-pcs com processadores Intel Atom ou ARM que servissem como servidores multimídia. Uma das sugestões que mais agradou foi o encapsulamento de uma placa Raspberry Pi numa case com a logo do Haiku. O grande problema em desenvolver um hardware dessa natureza está no desenvolvimento recente e, portanto, incipiente da versão do Haiku para a plataforma ARM. O Alexander von Gluck está encabeçando o subprojeto, aparentemente sozinho, e vem realizando progressos lentos, principalmente por conta da proximidade da versão beta para a plataforma Intel x86.
O fato é que ser desenvolvedor/colaborador do Haiku é uma questão mais de paixão pelo SO: no último contrato firmado, Ingo e Oliver acordaram um valor de EUR 2.000 por 160 horas de trabalho, o que dá EUR 12,50 por hora trabalhada. Num ambiente de recessão e altos impostos que vigora hoje na Europa, é um valor baixo, segundo Leavengood. Para comparar, ele mesmo recebe seis vezes esse valor por hora em contratos de trabalho nos Estados Unidos, desenvolvendo em Ruby on Rails.
Campanhas para o Kickstarter, a exemplo do que aconteceu com o Ubuntu Edge, precisam ser bem dimensionadas, factíveis, oferecer um produto que atenda ou supere as expectativas dos doadores e sejam entregues no prazo acordado. Com uma equipe pequena de desenvolvedores, fica difícil defender prazos mesmo que se tenha muito dinheiro em mãos. São bastante comuns os casos de projetos que conseguiram os valores almejados mas que não concluíram o produto, seja por mal dimensionamento dos custos, seja por falta de capacidade da equipe de desenvolvedores em entregar o produto no prazo. Deixar os doares na mão é um péssimo negócio para projetos com comunidade pequena, como é o caso do Haiku.
Esta semana conversei por e-mail com o Stephan Aßmus (aka Stippi), um dos principais desenvolvedores do Haiku e que possui uma empresa, a DramaQueen Gmbh, que desenvolve um aplicativo gerador e gerenciador de roteiros para cinema, sobre o porque do DramaQueen não possuir um porte para o Haiku. Para exemplificar, há cerca de um mês foi lançada uma versão do aplicativo para Linux. Segundo Stippi, o DramaQueen é desenvolvido utilizando o SWT do Eclipse, uma API Java que não possui suporte no Haiku. Apesar do porte feito no ano passado do OpenJDK, o suporte a Java no Haiku ainda não é completo e possui alguns problemas que o inviabilizam nas recentes nightly builds. É possível desenvolver para Java e rodar alguns aplicativos básicos usando o pacote developmentjava do installoptionalpackage, mas é só. Aplicativos mais robustos, como o próprio DramaQueen e o Storybook (voltado para escritores de livros), dependem de um suporte maior do Java para rodar redondo no Haiku.
Voltando à discussão inicial, Leavengood também tocou num assunto importante: o visual da interface gráfica do Haiku. Ele compartilha da mesma opinião de alguns usuários e simpatizantes: o visual retrô do Haiku afasta os novatos. Uma facelift do Rastreador (que, em última instância, é o "gerenciador de janelas" do sistema) seria mais do que bem vinda, acompanhada de um suporte nativo a composite - e junto com ele, transparências.
Eu acredito no grande potencial do Haiku em ser um poderoso sistema operacional para estação de trabalho gráfica e de multimídia, assim como seu concorrente histórico, o MacOS. Após o lançamento da versão R1 final, tudo indica que o desenvolvimento se voltará para a plataforma Intel x86_64 e para o ARM, abraçando os atuais padrões de mercado. Ou seja, a modernização do sistema depende de atingir, primeiro, o grande objetivo de Michael Phipps ao criar o OpenBeOS, que era ter total compatibilidade binária com o BeOS R5. A tarefa está quase concluída, falta pouco.

Haiku: Gerenciador de Pacote – Fazendo as Coisas Certas

Na esteira do assunto do momento, que é o gerenciador de pacotes do Haiku, traduzimos o artigo do Phillipe Saint-Pierre para o Unixmen que trata sobre o assunto. Uma pequena introdução para que nos preparemos para o que vem por aí.

Haiku: Gerenciador de Pacote – Fazendo as Coisas Certas
Escrito por Phillipe Saint-Pierre em 11 de junho de 2013

A comunidade Haiku está vivendo um momento muito peculiar estes dias. Eles estão testemunhando a criação do seu Gerenciador de Pacote. Considerado geralmente como a última peça faltante antes do Beta, a Haiku, Inc. atribuiu recentemente dois contratos que permitem trabalho em tempo integral neste subprojeto.
Enquanto isso, aqui está uma apresentação de como se espera que funcione:
Primeiramente, para responder a uma potencial pergunta frequente (PFAQ?), não, não é reutilizar outro formato de pacote do mundo do código aberto. Seguindo a filosofia do Haiku (e do BeOS), eles fomentam fazer as coisas certas. «Teria sido mais rápido» não é um argumento válido aqui. Realmente, várias decisões teriam sido tomadas diferentemente se fosse apenas considerado o tempo. Ao invés disso, uma solução baseada em sistema de arquivos foi criada, sendo tanto elegante como simples.
Então, como o Gerenciador de Pacote trabalha? É bastante simples. Como muitos sistemas, o Haiku permite processos para observar o conteúdo de certos diretórios. Assim, o Gerenciador de Pacote observa o conteúdo de muitos diretórios predeterminados e recebe eventos quando arquivos são adicionados ou removidos deles. Você colocaria o arquivo do pacote dentro de /boot/common/packages para uma instalação para o sistema inteiro ou /boot/home/config/packages para uma instalação para usuário único (a propósito, este último pode não fazer muito sentido uma vez que o Haiku é ainda um SO monousuário, mas é uma evidência futura).
Então, quando um pacote é movido para dentro de um daqueles diretórios, o Gerenciador de Pacote toma nota. Ele olha se existem quaisquer dependências faltantes e o conteúdo é então virtualmente extraído dos diretórios adequados. Virtualmente sim, porque /boot/common é um ponto de montagem de um sistema de arquivos chamado packagefs e seu conteúdo é realmente a união do todos os arquivos de pacotes em seu subdiretório de pacote. Em outras palavras, em /boot/common você verá os arquivos contidos em todos os arquivos HPKG situados em /boot/common/packages, e o mesmo pode ser dito para /boot/home/config.
Este processo de instalação pode ainda ser feito manualmente ao colocar aqueles arquivos utilizando o explorador de arquivos (copiar-colar, baixar diretamente para aquela localização) ou com a ajuda de uma ferramenta. Ou seja, o “mecanismo atrás dos bastidores” é igual.
Também, como você pode adivinhar, para remover um pacote, pode-se simplesmente remover arquivo do pacote de seu diretório de “pacotes” (seja ao eliminar o arquivo ou movê-lo para outra pasta). O daemon do gerenciador de pacote gerenciará casos onde dependências que foram instaladas com o pacote removido já não são requeridas e oferecer para limpar seu sistema.
Se você está interessado em aprender mais sobre este novo Gerenciador de Pacote, a principal fonte de informação sobre a matéria é o Wiki. Lá, você encontrará links para o repositório onde o código está sendo trabalhado, as especificações do formato de arquivo e políticas sobre como construir um pacote. Ele já é testável e a lista de pacotes disponíveis está crescendo. Ele deve ajudar desenvolvedores externos a tentar portar seus softwares e empacotá-los para o Haiku.

Fonte: Unixmen

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Haikusiasta 001: 24 de agosto

Apesar de quase termos adiado a realização do nosso encontro este ano, o desejo da comunidade foi mais forte e resolvemos realizar o nosso Haikusiasta 001 aos moldes do Haiku Down Under da Austrália: será através de Google Hangout no dia 24 de agosto, sábado, a partir das 19 horas. Neste encontro, discutiremos o estágio atual do Haiku, a participação da comunidade brasileira no seu desenvolvimento e os próximos passos.
Com a proximidade da versão beta, que poderá ser anunciada logo após a realização do BeGeistert em setembro, será a oportunidade de nos conhecermos, ainda que virtualmente, nos atualizarmos e decidirmos o destino da comunidade.
Uma das grandes necessidades do Haiku, hoje, é o incremento de sua equipe de desenvolvedores ativos. Não é à toa que a versão alfa do Haiku R1 tenha durado cerca de 13 anos: com entusiastas trabalhando no projeto em suas horas vagas, cada vez mais raras, o amadurecimento do SO só tomou celeridade nos últimos cinco anos, quando começou a ser apoiado pelo Google Summer of Code e conseguiu verba para contratar alguns dos principais desenvolvedores por tempo integral, como é o caso do HaikuDepot. Existem ainda muitos pontos a serem resolvidos, como suporte a dispositivos apontadores - mesas gráficas, em especial - aplicativos modernos, suporte completo a wireless - a Broadcom ainda não é suportada, etc.
Assim, acreditamos que o Haiku pode ser uma boa plataforma para jovens estudantes de programação se divertirem. O suporte a yab (Yet Another Basic), Free Pascal, Lua, Java, Qt e outras linguagens/frameworks faz do Haiku um ambiente de desenvolvimento bastante eclético.
Portanto, estamos esperando por você em nosso encontro! Junte-se a nós e participe da história do Haiku!

BeGeistert 027: a caminho da versão beta

Humdinger publicou na lista de discussão dos desenvolvedores o convite para o BeGeistert 027, o encontro anual e mundial de usuários e desenvolvedores do Haiku. O evento ocorrerá entre 13 e 19 de setembro próximo, para variar, no Youth Hostel em Düsseldorf, Alemanha, sendo que, também pra variar, na semana de 16 a 19 ocorrerá o Code Sprint, onde os desenvolvedores se reunirão para agilizar pendências e definir rumos.
Por falar em definir rumos, a novidade alvissareira do BeGeistert deste ano está nesta frase do Humdinger:
"With the package management coming along so nicely due to the currently running contracts, this BeGeistert may mark Haiku's transition into beta stage. Join us in celebrating and heaving its big lump over the last hurdles!"
Ou seja, tudo indica que o evento será o marco da transição da fase alfa, que dura longos 12 anos, para a fase beta.
Para registro e maiores informações, basta acessar o sítio do evento.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

HaikuDepot: o gerenciador de pacotes do Haiku

Nos últimos dias, a movimentação no Git do Haiku tem sido intenso com um nome em comum na maioria dos commits: HaikuDepot. Numa tradução literal, significa "Armazém (ou Depósito) Haiku". A discussão do nome ocorreu no mês de junho - onde o termo Depot foi sugerido, entre outros termos, como Vallet - e eu não havia acompanhado com muita atenção, mas com as recentes atualizações ocorridas nos nightly builds, ficou claro que se trata do gerenciador de pacotes.
Também com base nas informações apresentadas no log do Git, dá a entender que a interface gráfica terá um visual muito parecido com o oferecido pelo Central de Programas do Ubuntu, com screenshots dos aplicativos e suporte ao Package Kit.
Por enquanto, as novidades não foram divulgadas publicamente, mas o que se vê nos logs agrada aos olhos! Para entender a importância desse trabalho para o Haiku como um todo, a conclusão dele é um dos fatores para o lançamento da versão final do Haiku R1. Um outro fator é a conversão dos aplicativos existentes para o formato de empacotamento PKG.
Atualização: uma sugestão de visual para a interface gráfica do Package Manager foi apresentada pelo Humdinger no mês de junho no fórum oficial.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Encontro do HUG Austrália acontece dia 18/08

O "Haiku Down Under" é um encontro anual do HUG da Austrália que acontece pela sexta vez. Usuários e desenvolvedores australianos discutirão acerca do estágio atual do Haiku, próximos passos e a participação da comunidade local. Com o apelido de "Computer ChaOS", o encontro deste ano será por meio virtual, conforme informações no sítio oficial.
O evento começa às 10 da manhã a partir de Brisbane, Austrália (21 h pelo horário de Brasília) e vai até o meio-dia (23 h BSB).
Curiosidade: "(Land) Down Under" ((terra) lá de baixo) é o título de uma das mais famosas músicas da banda australiana Men At Work, sucesso mundial na década de 1980 e considerada um hino não oficial da Austrália. "Haiku Down Under" pode ser traduzido como "Haiku (da Terra) lá de baixo" ou "Haiku australiano".
Contatos com o Sikosis.
Fonte: Haiku-os.org